Sabias que só empregamos “São” antes de nomes que começam por consoante?
Ora vejamos: São Mateus, São João, São Tomé…
Porém, se o nome começar por vogal ou “h”, utilizamos “Santo”: Santo António, Santo Henrique…
Contam que, uma vez, reuniram-se os sentimentos e as qualidades dos Homens num lugar distante, na Terra.
Quando o ABORRECIMENTO já tinha reclamado pela terceira vez, a LOUCURA, como sempre tão louca, propôs-lhe:
- Vamos brincar às escondidas?
A INTRIGA levantou a sobrancelha, intrigada, e a CURIOSIDADE, sem poder conter-se, perguntou: – Escondidas? O que é isso?
- É um jogo, explicou a LOUCURA, em que eu fecho os olhos e começo a contar de um a um milhão enquanto vocês se escondem, e quando eu tiver terminado de contar, o primeiro de vocês que eu encontrar ocupará o meu lugar para continuar o jogo.
O ENTUSIASMO dançou seguido pela EUFORIA.
A ALEGRIA deu tantos saltos que acabou convencendo a DÚVIDA e até mesmo a APATIA, que nunca se interessava por nada.
Mas nem todos quiseram participar.
A VERDADE preferiu não esconder-se. Para quê? Se no final todos a encontravam?
A SOBERBA opinou que era um jogo muito tonto (no fundo o que a incomodava era que a ideia não tivesse sido dela) e a COVARDIA preferiu não arriscar-se.
- Um, dois, três, quatro… – começou a contar a LOUCURA.
A primeira a esconder-se foi a PRESSA, que como sempre caiu atrás da primeira pedra do caminho.
A FÉ subiu ao céu e a INVEJA escondeu-se atrás da sombra do TRIUNFO, que com seu próprio esforço, tinha conseguido subir à árvore mais alta.
A GENEROSIDADE quase não consegue esconder-se, pois cada local que encontrava lhe parecia maravilhoso para algum dos seus amigos – se era um lago cristalino, ideal para a BELEZA; se era a copa de uma árvore, perfeito para a TIMIDEZ; se era o voo de uma borboleta, o melhor para a VOLÚPIA; se era uma rajada de vento, magnífico para a LIBERDADE. E assim, acabou escondendo-se num raio de sol.
O EGOÍSMO, ao contrário, encontrou um local muito bom desde o início. Ventilado, cómodo, mas apenas para ele.
A MENTIRA escondeu-se no fundo do oceano (mentira, na realidade, escondeu-se atrás do arco-íris), e a PAIXÃO e o DESEJO, no centro dos vulcões.
O ESQUECIMENTO, não me recordo onde se escondeu, mas isso não é o mais importante.
Quando a LOUCURA estava lá pelo 999.999, o AMOR ainda não tinha encontrado um local para se esconder pois todos já estavam ocupados, até que encontrou um roseiral e, carinhosamente, decidiu esconder-se entre as suas flores.
- Um milhão! – contou a LOUCURA, e começou a busca.
A primeira a aparecer foi a PRESSA, apenas a três passos de uma pedra. Depois, escutou a FÉ discutindo com Deus, no céu, sobre zoologia.
Sentiu vibrar a PAIXÃO e o DESEJo nos vulcões.
Por um descuido, encontrou a INVEJA, e claro, assim pôde deduzir onde estava o TRIUNFO.
Quanto ao EGOÍSMO, não teve nem que procurá-lo. Ele sozinho saiu disparado do seu esconderijo, que na verdade era um ninho de vespas.
De tanto caminhar, a LOUCURA sentiu sede, e ao aproximar-se de um lago, descobriu a BELEZA.
A DÚVIDA foi mais fácil ainda, pois encontrou-a sentada sobre uma cerca, sem decidir em qua lado se devia esconder.
E assim foi encontrando a todos:
O TALENTO entre a erva fresca; A ANGÚSTIA numa cova escura;
A MENTIRA atrás do arco-íris (mentira, estava no fundo do oceano);
e até o ESQUECIMENTO, que já se tinha esquecido que estava a brincar às escondidas.
Apenas o AMOR não aparecia em lugar nenhum.
A LOUCURA procurou atrás de cada árvore, em baixo de cada rocha do planeta e no cimo das montanhas.
Quando estava a ponto de dar-se por vencida, encontrou um roseiral.
Pegou numa forquilha e começou a mover os ramos… no mesmo instante, ouviu um doloroso grito.
Os espinhos tinham ferido o AMOR nos olhos.
A LOUCURA não sabia o que fazer para se desculpar: chorou, rezou, implorou, pediu perdão e até prometeu ser seu guia.
Desde então, desde a primeira vez em que se brincou às escondidas na Terra, o AMOR é cego e é a LOUCURA que sempre o acompanha.
Estavam dois alentejanos sentados e diz um para o outro:
-Ei compadre, tem a mão inchada!
Responde o outro:
-Mais vale uma mão inchada do que uma enxada na mão!
No intervalo dizia uma colega para outra,”tenho uma anedota de «alantejanos» para por no blog”.Uma outra colega vira-se para ela a rir-se e disse:”apanhei-te uma «graffe»,disseste «alantejanos» em vez de alentejanos”,ao que a outra respondeu “tu também disseste «graffe» em vez de «gaffe»”.É caso para se dizer “não te rias do teu vizinho que o teu mal vem pelo caminho” !
Por ordem alfabética:
Açafate – Cesto rectangular com abas baixas em verga fina para colocar roupa.
Adiafa – Festa de fim de uma actividade, frequentemente constituída por uma refeição farta e
bem regada.
Alambazar – Ficar com coisas a mais que o necessário ou razoável.
Albarda – Equivalente a sela, usado nos burros e muares para transporte de pessoas ou materiais, sendo o tecido de esparto enchido a palha de centeio e reforçado a cabedal nas zonas de maior desgaste.
Alcacêr – Forragem.
Almocreve – Homem que realizava trabalhos agrícolas com muares.
Amuadiço – Que amua por tudo e por nada.
Atafais – Arreios que seguram a albarda ou a sela às pernas e cauda do animal.
Atibar – Assentar a comida. Bebe-se chá para atibar uma refeição pesada.
Avaria – Proeza, aventura.
Aventar – Deitar fora.
Aziar – Conjunto de dois paus de cerca de 30 cm de comprimento e de dois a três cm de diâmetro que se colocavam nos beiços superiores de muares, cavalos e burros para os imobilizar durante tratamentos veterinários ou mesmo para os ferrar.
Em breve colocaremos o resto!
No outro dia, houve uma explosão na botija de gás aqui na cozinha. O pai e
eu fomos atirados pelo ar e caímos fora de casa. Que emoção: foi a primeira
vez em muitos anos que o tê pai e eu saímos juntos.
Sobre o nosso cão, o Joli, anteontem foi atropelado e tiveram de lhe cortar
o rabo, por isso toma cuidado quando atravessares a rua.
Na semana passada, o médico veio visitar-me e colocou na minha boca um tubo
de vidro. Disse para ficar com ele por duas horas sem falar. O tê Pai
ofereceu-se para comprar o tubo.
Tua irmã Maria vai ser mãe, mas ainda não sabemos se é menino ou menina.
Portanto, nã sei se vais ser tio ou tia.
O tê mano Antóino deu-me hoje muito trabalho. Fechou o carro e deixou as
chaves lá dentro. Tive de ir a casa, pegar a suplente para a abrir. Por
sorte, cheguei antes de começar a chuva, pois a capota estava em baixo.
Se vires a Dona Esmeralda, diz-lhe que mando lembranças. Se nã a vires, nã
digas nada.
Achas que é tudo?!
Espera para ver se esta mãe alentejana tem mais para dizer……..